domingo, setembro 18, 2011

Mitos e os deuses antigos

Zeus, afrodite posseidon, cupido, chandra, dianius e tantos outros deuses só para citar como exemplo, habitaram a imaginação e a crença de gerações por milhares de anos. Talvez ainda habitem. Seja na Grécia, seja em Roma ou em outras culturas e civilizações, a solidão "espiritual" do ser humano levou indivíduos, e então grupos, das mais diversas classes e culturas a encontrar justificativas, explicações sobre o passado, presente e previsões para futuro. O futuro sempre inquietou nossos antepassados. Nos inquieta até agora. Olhamos para trás, passado, para explicar o que está acontecendo. Vemos o presente para moldar o futuro.
Simbologias, ícones, arquétipos como nomeou Jung, seja o que forem, eles estão presentes dentro de nós não como deuses mas características qualificadoras e quantificadoras, em maior ou menor grau de influência. Cada um deles representa a natureza e seus elementos e também, quando explicitados, a natureza humana. Eles nos regem, influenciam cada minuto de nossa vida. Como uma balança, pesam ora pra um lado, ora para o outro.

Estamos repeletos de deuses em guerra dentro de nós? Não. Cheios de sentimento de todos os tipos, do ódio ao amor passando pela ira, desejo, paixão, etc.

O olhar para dentro pode nos fazer diferentes dos irracionais...

sexta-feira, junho 24, 2011

eu errei? eu não sei? você sabe?

Tese, antítese, síntese.
A dialética é isso. Consiste num ciclo, ou melhor, numa reciclagem de saberes.
A discussão consigo ou com outros tem que estar sempre aberta. O que parece verdade hoje, amanhã poderá ser vista como uma verdade incompleta ou até mesmo completamente errada.
O céu é azul, mas nem em todos os dias o é.
Sábio é identificar as exceções para as regras e utilizá-las em bom proveito.
Muitas vezes será preciso despir-se de velhos conceitos. E todos sabem como é difícil aprender a ficar nú. A grande necessidade de estar vestido, de ter razão, nos leva ao empobrecimento do saber. Conhecer a verdade é encontrar a liberdade no pensamento. No diálogo vence o verídico ou encontraremos a erística.

sexta-feira, junho 03, 2011

Fé sem o mínimo de conhecimento gera preconceito

Bem além do significado da palavra preconceito, juízo preconcebido, esse vocábulo nos diz algo mais sobre a natureza humana. A resistência ao diferente. Seja essa diferença o estereótipo que representa algum grupo de pessoas e comportamentos, cultura, tradição, etc. Crenças anteriormente formadas, sem bases em conhecimentos reais sobre o objeto de repulsa.
Preconceitos são gerados em ideias que não passam pela peneira da verdade. Nem se baseiam em nenhum fato ou argumento válido. O preconeito também pode ser entendido com uma barreira invísível para separar mundos(indivíduos) que aparentam ser diferentes, porém são mais "iguais" do que imaginam ser na realidade.

quarta-feira, maio 18, 2011

No inverno se vê o céu ...

Crença e conhecimento é dualidade da essência da existência humana.
Conhecer é começar a dar crédito ao que percebemos com os nossos sentidos. Mas também muito além deles.
Não há crença sem um mínimo de conhecimento ou saber sem uma pitada de fé.
A verdade é como uma cebola. Possui diversas camadas, que pouco a pouco, com a maturidade que podemos adquirir na busca incessante pela verdade, poderemos descascar.
Objeto, observador, percepção, interpretação, crença e conhecimento, são os elementos ou dimensões básicas da realidade.
Os dois primeiros elementos estão no princípio da produção da realidade percebida.
Não há objeto sem observador e nem observador sem o objeto a ser "visualizado".
Então a ciência é produzida pelo observador ou ela existe antes mesmo da existência do observador, com a existência apenas do objeto? Algo existe sem ser observado?
É da relação entre o observador e o objeto que nasce a Ciência. Porém, essa relação está impregnada de interferência dos outros elementos que constituem essa relação a que chamaremos a partir de agora de Experiência.
Amplamente dependente da nossa percepção de existência do objeto, as informações coletadas são interpretadas de acordo com a crença de que o que é "visto" é o que é real.






sexta-feira, abril 29, 2011

A "parábola" do senhorio

Certa vez uma homem, comerciante, fora abordado diversas vezes por um líder de uma comunidade religiosa que anunciava as maravilhas do reino dos Céus. Não se cansava de falar das promessas de Deus para os homens e de como estava preparado o Céu pra toda aquele que acreditasse nessas promessas. Dizia que a casa de Deus é para todos que tem fé.
O homem ouvia educadamente o que o aquele religioso dizia. Servia de um bom ouvinte. Até que um dia rompeu o silêncio e fez a seguinte pergunta:
O senhor possui algum bem material, imóvel, carro etc?
O religioso respondeu que sim. Nos anos que pregava naquela igreja, da qual fazia parte, ganhou dinheiro suficiente para comprar vários imóveis e que estavam alugados.
O comerciante então perguntou por que ele não dava aqueles imóveis aos irmãos mais necessitados de sua igreja já que ele não precisava mais de que uma casa pra morar.
Ele disse que não daria aquilo que conquistou com tanto esforço e trabalho.
Disse o comerciante: pois então como ofereces o que é de Deus de graça se não consegues te desapegar dos teus bens materias e não ajudas a quem precisa mesmo sendo teus irmãos na fé, como podes oferecer o Reino dos Céus de graça aos que tu não conheces?
É fácil oferecer o que é dos outros de graça, difícil é dar o que se precisa a quem se precisa, tirando do que é "nosso"...

sexta-feira, abril 22, 2011

Nuvens de probabilidade

Probabilidade. Palavra bonita, não?
Parece palavra difícil, entretanto nada mais é do que a chance de algum evento acontecer. Vem do latim: "probare", que significa testar, provar; A vida decorre disso: probabilidades. Podes substituir essa palavra por outras: sorte, azar, risco, etc. Somente dependendo do contexto em que é usada.
Cientistas tentam estabelecer fórmulas matemáticas para quantificar o quão grande é a chance de um evento acontecer. Surgem teorias. Cada nova mais precisa que a outra... Até que apareceu a Mecânica Quântica. Essa joga por terra a certeza que se tinha do desenrolar dos eventos. A confiabilidade das previsões de acontecimentos possíveis se relacionam com a certeza nos diversos eventos anteriores ao qual se esta testando e medindo nas consequências daquele evento e chegar a conclusão que tenha sentido a partir das probabilidades calculadas. No âmago da matéria existe um universo onde as coisas se desenrolam estranhamente. Um mundo de aleatoriedade. Nunca se sabe quando vai acontecer. Se sabe que vai. Se souber onde não se sabe o quanto;
Mas por que falar sobre o que é tão diminuto? Por que são os átomos com suas partes(partículas), que formam tudo. Do DNA a uma parede de concreto, De um avião ao pingo de chuva. E é falando sobre DNA, a informação da vida, de como é formada, constituída, de como se mantém e de como ela se preserva.
Uma leve brisa causada pelo bater de asas de uma borboleta no Japão é capaz de causar uma tempestade no outro lado do mundo; Frase muito conhecida daqueles que assistiram o filme que fala sobre a teoria do caos. O chamado efeito borboleta. Nada mais ilustrativo e mais verdadeiro.
Um evento praticamente inesperado(terremoto), como num jogo de dominós, causa um maremoto(tsunami), o qual além de todo o estrago e mortes, danifica um usina nuclear no Japão, a qual vaza para o meio ambiente resíduos radiativos que na verdade nada mais são que uma nuvem de probabilidades. Cada átomo do vazamento com sua "vontade" própria, desintegrando-se ao seu bel prazer, aleatoriamente. Radiação nada mais é do que partículas que são emitidas de dentro do núcleo de átomos instáveis. São esses átomos que trabalham pra gente nas usianas nucleares. Juntam-se uma quantidade suficiente desses produtos, seja urânio, plutônio, etc. e converte-se o calor produzido em movimento nas turbinas. Ora, pois, uma única particula carregada dessas choca-se com a estrutura do DNA de uma determinada célula de um indivíduo e causa a confusão nas informações sobre a constituição dessa célula. Desencadeando problemas para o funcionamento dessa célula e, como consequencia, desse organismo. Podendo até gerar tumores cancerígenos. Uma verdadeira tempestade na vida de uma pessoa, mesmo que esta esteja do outro lado do mundo. Nuvens de poeira radioativa, água contaminada com compostos radioativos, não somem da natureza. Eles estarão ai vagando por todo o tempo. Mas isso tudo depende da sorte, da aleatoriedade, das probabilidades. Perceba que não se fala do número de pessoas que desenvolverão câncer nas áreas afetadas. Isso depende da probabilidade. Do acaso.
Depois de Fukushima, certamente, está mais perigoso viver no planeta Terra.
Nos resta a certeza do imprevisível.

quinta-feira, abril 07, 2011

Sete de abril de 2011

Os simplistas dizem: Existem os normais e os "loucos".
--Loucos: portadores de perfil psicopatológicos
Não há teorias inquestionáveis sobre o que diferencia uns dos outros.
Como um pêndulo, oscilam entre as duas classes em intervalos de tempos, apesar de nem sempre em espaços de tempo precisos como esse. Ora estão de um lado, ora no centro e ora d'outro lado da realidade.
Desequilíbrio, intenção ou a soma dos dois. O que move os normais? E o que move os "loucos"?
Prazer. Muito possivelmente.
Pare e procure pensar em uma pessoa qualquer que você conheça. Você, com outras pessoas a consideram normal.
Como é a rotina diária dessa pessoa? Quais os objetivos dessa pessoa. Ela bebe? fuma? Vai ao shopping ou comércio e compra normalmente coisas que não precisa. Passa horas em frente a um tv ou computador? Sente-se sozinha mesmo quando pessoas estão ao seu entorno? executa tarefas repetitivas diariamente?
Saiba que os considerados normais e também "loucos" agem, na maior parte do tempo, de forma semelhante.
Achar um "louco" em meio a multidão pode ser uma tarefa difícil. Eles existem em numero muito reduzido. Quando aparecem a imprensa causa alarde.
Há estudos que demonstram a estranha coincidência que aponta como traços de psicopatologia tres fatores:
-Crueldade principalmente com animais.
-Piromania que o faz sentir prazer em atear fogo.
-na infãncia, e até mais de 5 anos de idade enurese que o leva a urinar na cama , seguida, normalmente, uma rejeição por algum ente querido que o despreza por esse comportamento normalmente involuntário.



domingo, fevereiro 06, 2011

Os opostos nao se atraem ...

Virtude e vício: a verdadeira batalha dentro da mente do homem.
Margareth Mead disse: “A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o prazer seguido da dor”.
Eu digo que a virtude, até certo ponto, é o que nos mantém vivos. O vicio aos poucos é o que nos mata.
É na mente do homem, mais precisamente dentro do seu cérebro que acontecem as mais fantásticas trocas químicas que são responsáveis pelo que sentimos. O cerne de nossa existência como humanos passa por lá. Dor e prazer.
Todos escolhem um dos dois pra começar. Trabalhar é um oficio e representa a dor que mais tarde culminará com o prazer da vitória pelo esforços empreendidos. O vício, por outro lado, está relacionado com a idéia de perda, derrota, queda denotada socialmente pela exclusão do indivíduo viciado devido às limitações a que se impôs em consequencia do vício. Ninguém busca se não algo que o satisfaça. A busca é incessante pelo prazer em suas várias facetas.
É a busca pela recompensa. Simples assim. Quem ama quer ser amado.O prazer substitui a dor.
A quem diga que somente há cura para um vício com outro vício. Há os que digam que todos somos, em diferentes graus, viciados em alguma coisa... Então os opostos não se atraem, se anulam; Prazer pra acabar com a dor. A dor para trazer a vitória... Um aparente ciclo que nunca se acaba ...

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Corpo humano: mais um sistema complexo de vidas

Ao olhar para alguém, exceto no caso de irmãos siameses, a primeira coisa que percebe-se à primeira vista um indivíduo, unico. Uma vida individual normalmente consciente. Ora pois que a unidade é apenas uma percepção do senso comum. Cada um de nós somos muito mais que um ser vivo. Somos vários, Ainda mais: somos um sistema formado por muitos seres vivos que vivem conosco desde o dia em que nascemos até o que dia que nos aquietaremos. Além de uma quase incontável quantidade de células de cada parte de nosso corpo, carregamos conosco uma quantidade ainda maior de seres vivos, sejam esses bactérias, vírus, fungos, vermes e outros tantas criaturinhas que muitas vezes nos permitem viver adaptados à condições desfavoráveis do ambiente que nos rodeia. Por que então falar em ser se somos um sistema que na maior parte da vida vive harmoniosamente. Servimos e somos servidos e vamos levando a vida. Mas não estamos sós. Vidas nos acompanham não nos esqueçamos nunca. A vida por si só é maior que nossa própria vida. Seguimos nessa aspiral. Sim! asprial! Ciclos, se bem observados, não existem, pois se assim o fosse estaríamos sempre voltando ao mesmo lugar e momento. As aparências nos enganam. Como uma mola, continuamos aparentemente passando pelas mesmas experiências. Mas elas sempre serão novas. Cada momento é um momento, não importa o quão seja parecido com outro que já passamos.