sexta-feira, abril 29, 2011

A "parábola" do senhorio

Certa vez uma homem, comerciante, fora abordado diversas vezes por um líder de uma comunidade religiosa que anunciava as maravilhas do reino dos Céus. Não se cansava de falar das promessas de Deus para os homens e de como estava preparado o Céu pra toda aquele que acreditasse nessas promessas. Dizia que a casa de Deus é para todos que tem fé.
O homem ouvia educadamente o que o aquele religioso dizia. Servia de um bom ouvinte. Até que um dia rompeu o silêncio e fez a seguinte pergunta:
O senhor possui algum bem material, imóvel, carro etc?
O religioso respondeu que sim. Nos anos que pregava naquela igreja, da qual fazia parte, ganhou dinheiro suficiente para comprar vários imóveis e que estavam alugados.
O comerciante então perguntou por que ele não dava aqueles imóveis aos irmãos mais necessitados de sua igreja já que ele não precisava mais de que uma casa pra morar.
Ele disse que não daria aquilo que conquistou com tanto esforço e trabalho.
Disse o comerciante: pois então como ofereces o que é de Deus de graça se não consegues te desapegar dos teus bens materias e não ajudas a quem precisa mesmo sendo teus irmãos na fé, como podes oferecer o Reino dos Céus de graça aos que tu não conheces?
É fácil oferecer o que é dos outros de graça, difícil é dar o que se precisa a quem se precisa, tirando do que é "nosso"...

sexta-feira, abril 22, 2011

Nuvens de probabilidade

Probabilidade. Palavra bonita, não?
Parece palavra difícil, entretanto nada mais é do que a chance de algum evento acontecer. Vem do latim: "probare", que significa testar, provar; A vida decorre disso: probabilidades. Podes substituir essa palavra por outras: sorte, azar, risco, etc. Somente dependendo do contexto em que é usada.
Cientistas tentam estabelecer fórmulas matemáticas para quantificar o quão grande é a chance de um evento acontecer. Surgem teorias. Cada nova mais precisa que a outra... Até que apareceu a Mecânica Quântica. Essa joga por terra a certeza que se tinha do desenrolar dos eventos. A confiabilidade das previsões de acontecimentos possíveis se relacionam com a certeza nos diversos eventos anteriores ao qual se esta testando e medindo nas consequências daquele evento e chegar a conclusão que tenha sentido a partir das probabilidades calculadas. No âmago da matéria existe um universo onde as coisas se desenrolam estranhamente. Um mundo de aleatoriedade. Nunca se sabe quando vai acontecer. Se sabe que vai. Se souber onde não se sabe o quanto;
Mas por que falar sobre o que é tão diminuto? Por que são os átomos com suas partes(partículas), que formam tudo. Do DNA a uma parede de concreto, De um avião ao pingo de chuva. E é falando sobre DNA, a informação da vida, de como é formada, constituída, de como se mantém e de como ela se preserva.
Uma leve brisa causada pelo bater de asas de uma borboleta no Japão é capaz de causar uma tempestade no outro lado do mundo; Frase muito conhecida daqueles que assistiram o filme que fala sobre a teoria do caos. O chamado efeito borboleta. Nada mais ilustrativo e mais verdadeiro.
Um evento praticamente inesperado(terremoto), como num jogo de dominós, causa um maremoto(tsunami), o qual além de todo o estrago e mortes, danifica um usina nuclear no Japão, a qual vaza para o meio ambiente resíduos radiativos que na verdade nada mais são que uma nuvem de probabilidades. Cada átomo do vazamento com sua "vontade" própria, desintegrando-se ao seu bel prazer, aleatoriamente. Radiação nada mais é do que partículas que são emitidas de dentro do núcleo de átomos instáveis. São esses átomos que trabalham pra gente nas usianas nucleares. Juntam-se uma quantidade suficiente desses produtos, seja urânio, plutônio, etc. e converte-se o calor produzido em movimento nas turbinas. Ora, pois, uma única particula carregada dessas choca-se com a estrutura do DNA de uma determinada célula de um indivíduo e causa a confusão nas informações sobre a constituição dessa célula. Desencadeando problemas para o funcionamento dessa célula e, como consequencia, desse organismo. Podendo até gerar tumores cancerígenos. Uma verdadeira tempestade na vida de uma pessoa, mesmo que esta esteja do outro lado do mundo. Nuvens de poeira radioativa, água contaminada com compostos radioativos, não somem da natureza. Eles estarão ai vagando por todo o tempo. Mas isso tudo depende da sorte, da aleatoriedade, das probabilidades. Perceba que não se fala do número de pessoas que desenvolverão câncer nas áreas afetadas. Isso depende da probabilidade. Do acaso.
Depois de Fukushima, certamente, está mais perigoso viver no planeta Terra.
Nos resta a certeza do imprevisível.

quinta-feira, abril 07, 2011

Sete de abril de 2011

Os simplistas dizem: Existem os normais e os "loucos".
--Loucos: portadores de perfil psicopatológicos
Não há teorias inquestionáveis sobre o que diferencia uns dos outros.
Como um pêndulo, oscilam entre as duas classes em intervalos de tempos, apesar de nem sempre em espaços de tempo precisos como esse. Ora estão de um lado, ora no centro e ora d'outro lado da realidade.
Desequilíbrio, intenção ou a soma dos dois. O que move os normais? E o que move os "loucos"?
Prazer. Muito possivelmente.
Pare e procure pensar em uma pessoa qualquer que você conheça. Você, com outras pessoas a consideram normal.
Como é a rotina diária dessa pessoa? Quais os objetivos dessa pessoa. Ela bebe? fuma? Vai ao shopping ou comércio e compra normalmente coisas que não precisa. Passa horas em frente a um tv ou computador? Sente-se sozinha mesmo quando pessoas estão ao seu entorno? executa tarefas repetitivas diariamente?
Saiba que os considerados normais e também "loucos" agem, na maior parte do tempo, de forma semelhante.
Achar um "louco" em meio a multidão pode ser uma tarefa difícil. Eles existem em numero muito reduzido. Quando aparecem a imprensa causa alarde.
Há estudos que demonstram a estranha coincidência que aponta como traços de psicopatologia tres fatores:
-Crueldade principalmente com animais.
-Piromania que o faz sentir prazer em atear fogo.
-na infãncia, e até mais de 5 anos de idade enurese que o leva a urinar na cama , seguida, normalmente, uma rejeição por algum ente querido que o despreza por esse comportamento normalmente involuntário.