Probabilidade. Palavra bonita, não?
Parece palavra difícil, entretanto nada mais é do que a chance de algum evento acontecer. Vem do latim: "probare", que significa testar, provar; A vida decorre disso: probabilidades. Podes substituir essa palavra por outras: sorte, azar, risco, etc. Somente dependendo do contexto em que é usada.
Cientistas tentam estabelecer fórmulas matemáticas para quantificar o quão grande é a chance de um evento acontecer. Surgem teorias. Cada nova mais precisa que a outra... Até que apareceu a Mecânica Quântica. Essa joga por terra a certeza que se tinha do desenrolar dos eventos. A confiabilidade das previsões de acontecimentos possíveis se relacionam com a certeza nos diversos eventos anteriores ao qual se esta testando e medindo nas consequências daquele evento e chegar a conclusão que tenha sentido a partir das probabilidades calculadas. No âmago da matéria existe um universo onde as coisas se desenrolam estranhamente. Um mundo de aleatoriedade. Nunca se sabe quando vai acontecer. Se sabe que vai. Se souber onde não se sabe o quanto;
Mas por que falar sobre o que é tão diminuto? Por que são os átomos com suas partes(partículas), que formam tudo. Do DNA a uma parede de concreto, De um avião ao pingo de chuva. E é falando sobre DNA, a informação da vida, de como é formada, constituída, de como se mantém e de como ela se preserva.
Uma leve brisa causada pelo bater de asas de uma borboleta no Japão é capaz de causar uma tempestade no outro lado do mundo; Frase muito conhecida daqueles que assistiram o filme que fala sobre a teoria do caos. O chamado efeito borboleta. Nada mais ilustrativo e mais verdadeiro.
Um evento praticamente inesperado(terremoto), como num jogo de dominós, causa um maremoto(tsunami), o qual além de todo o estrago e mortes, danifica um usina nuclear no Japão, a qual vaza para o meio ambiente resíduos radiativos que na verdade nada mais são que uma nuvem de probabilidades. Cada átomo do vazamento com sua "vontade" própria, desintegrando-se ao seu bel prazer, aleatoriamente. Radiação nada mais é do que partículas que são emitidas de dentro do núcleo de átomos instáveis. São esses átomos que trabalham pra gente nas usianas nucleares. Juntam-se uma quantidade suficiente desses produtos, seja urânio, plutônio, etc. e converte-se o calor produzido em movimento nas turbinas. Ora, pois, uma única particula carregada dessas choca-se com a estrutura do DNA de uma determinada célula de um indivíduo e causa a confusão nas informações sobre a constituição dessa célula. Desencadeando problemas para o funcionamento dessa célula e, como consequencia, desse organismo. Podendo até gerar tumores cancerígenos. Uma verdadeira tempestade na vida de uma pessoa, mesmo que esta esteja do outro lado do mundo. Nuvens de poeira radioativa, água contaminada com compostos radioativos, não somem da natureza. Eles estarão ai vagando por todo o tempo. Mas isso tudo depende da sorte, da aleatoriedade, das probabilidades. Perceba que não se fala do número de pessoas que desenvolverão câncer nas áreas afetadas. Isso depende da probabilidade. Do acaso.
Depois de Fukushima, certamente, está mais perigoso viver no planeta Terra.
Nos resta a certeza do imprevisível.