quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Teoria da janelas quebradas

O limite da tolerância está em delimitar o intolerável.
Em casa, em empresas, em lugares públicos o sentimento de abandono leva a desosrganização e é o ponto fundamental para a completa imersão em mais desorganização, desprezo e abandono, gerando assim um ciclo vicioso.
"Onde passa um boi passa uma boiada" já dizia um velho ditado. É por esse raciocínio de excesso de tolerância que navegavam embarcações que naufragaram.
A vida é um barco.
"Parar de combater o que não se pode mudar", disse o pensador inglês John Locke, sobre a tolerância. O que ele quis dizer com isso é que para a liberdade de convivencia o ser humano deve aceitar que as pessoas, devido às suas origens, cultura e costumes, são diferentes entre si e que o que não se pode mudar nas outras pessoas deve ser tolerado. Mas até que ponto?
O grande mister da tolerância é exatamente saber até onde tolerar.
Pais que toleram pequenas travessuras de filhos serão mais para frente surpreendidos por travessuras cada vez maiores. Podendo, em muitos casos, nascer daí um potencial criminoso.
A teroria das janelas quebradas(James Wilson e George Kelling, 1982), postula que ao aceitarmos um janela quebrada em uma casa, por exemplo, estaremos dando um recado que esse lugar não tem dono ou alguém que se importe com o seu estado de conservação, estimulando, então, vândalos a quebrar mais janelas e com o tempo depredar todo o resto da edificação. Ao substituir a janela logo após sua quebra damos o recado oposto.







domingo, fevereiro 05, 2012

O politicamente correto

A correção política está em voga. Tomando um falatório neutro, relacionado a algum tipo de discriminação, cuidando para não ofender pessoas ou grupos no imaginário de raça ou sexo, é de certa forma compactuar com um eufemismo para o discurso de aceitação.
A troca de termos como velhice para "a boa idade" ou "deficiente" por "portador de necessidades especiais", são exemplos de retórica da política de correção.
Devemos notar que a arte de dizer o politicamente correto não implica necessariamente no pensar de correção politica. Críticos dizem que é mais uma maneira de censura, cerceando a liberdade de expressão. Ter bom senso, avaliar as situações, fazer escolhas coerentes, expressar as idéias que se queira são alguns dos alicerces da razão. Tomar para si como iguais pessoas das mais diversificadas culturas e crenças pode nos colocar em momentos de embaraços.
É um dilema que pessoas passem a ficar "caladas"(não expressarem o que sentem verdadeiramente), posto que a recompensa é não entrar em choque com o que é esperado de suas falas sobre um determinado assunto ou visão, posto que a recompensa é a aceitação por aquele grupo de pessoas que constituem-se suas interlocutoras.