O dicionário nos diz que fato, entre outros significados, é algo ocorrido de forma indiscutível.
Diz também que imprensa são os veículos de comunicação que nos trazem informações.
Em suma, a imprensa é aquela instituição a nos comunicar de fatos ocorridos para nos manter informados.
Assim poderia ser, mas não é o que acontece na prática.
Tem-se utilizado a imprensa de forma político-propagandística, de forma que os que alimetam-se dessas informações consome-nas de forma que sua capacidade de fazer julgamento esteja comprometido. A informação vem empacotada com uma versão que mais interessar aos editores das notícias, ou aos que os têm em seu poder.
A imprensa deveria ser isenta como um janela que dá para rua de nossa casa e nos mostra o que se passa e quem passa por ali.
A imprensa que quer formar assim uma realidade futura adequada, não é imprensa.
A imprensa não deveria mudar de lado. Aliás: deve nunca ter lado.
Imparcialidade deve ser o primeiro princípio de uma imprensa livre.
A imprensa é formada por indivíduos. Indivíduos tem lados, porquanto tem lá, também, suas paixões.
A democracia é pressupostamente o governo do equilíbrio. Justiça é equilíbrio. Lembra da balança?
As vezes devemos abrir mão de nossa "justiça" pela "justiça" do outro. Assim também deve ser a imprensa. Imparcial. Sem paixões. Sem partidos. A imprensa deve ajudar a pensar e não dizer-nos o como pensar.
Entretanto, a imprensa tem que escolher ser assim. Nunca ser forçada a tal.