Cognoscente, Cognoscível, Cognoscere:
Aquele que aprende, o que "está" ao alcance e possível aprender e o ato daquele que aprende, respectivamente.
Essas três palavras latinas resumem o que faz-se a base necessária para produção de conhecimento.
Eu disse resumem, mas estou sendo exagerado, pois a produção de conhecimento carece muito mais do que apenas isso. Na verdade, o conhecimento na prática é o desenrolar da história do homem como ser possuidor de razão. Não quero ver o conhecimento como algo estático que poderemos alcançar se nos esforçarmos.
Nós somos o próprio trem. O conhecimento está mais para os trilhos que nós percorremos, hipoteticamente, que a máquina em movimento. Esses trilhos foram construídos ao logo dos tempos.
Quero deixar claro com isso que acredito não existir conhecimento isolado de todo o resto. Ninguém vive só a vida inteira. Portanto, aprendemos muito com aqueles que nos deram sustento enquanto dependíamos das mais básicas necessidades. Das atividades mais simples às mais complicadas, o conhecimento "renasce" de conhecimento anterior. Ninguém abandona por completo o que sabe ou o que acredita para aprender ou passar a acreditar completamente em algo novo.
Isso leva-me a concluir que não podemos ser donos do conhecimento e esse não deve ser considerado propriedade de alguém ou de alguma instituição. Podemos acumular informações sobre modos, meios, tecnologias, mas não podemos comportar em algum lugar todo conhecimento do mundo. Cada um de nós produz conhecimento, cada qual a sua maneira. Nossas próprias experiências de vida são tão importantes quanto todos os livros do mundo. Elas também nos inspiram, fazem acender aquela luz, dão aquele estálo, fazem nascer novas ideias que parecem vir do nada.
Produzir conhecimento não é fazer nascer conhecimento. É transformar o conhecimento que já existe.
Então como não sou dono do conhecimento que recebi, posso ser dono do conhecimento que produzi?
Não há nada mais universal que o conhecimento.
A vida é uma casa feita com tijolos da verdade, paredes feitas de conhecimento e cujas as ideias a mantém firme.
Esse Blog objetiva apenas juntar retalhos de reflexões pessoais do autor sobre assuntos os mais diversos. Não tendo caráter científico, pode vir a conter incoerências. As informações deverão ser corrigidas logo que sejam percebidos erros; Quanto às ideias, podem ser sempre repensadas.
domingo, outubro 26, 2014
terça-feira, outubro 21, 2014
Ética ou a falta dela
A ética como os gregos conceituavam é promovida pela razão, diferenciando-se dos costumes que são recebidos involuntariamente, assim como são também os hábitos e as tradições.
Parecida com as leis, posto que muitas dessas foram originadas nas discussões sobre a ética que os grupos sociais que as estabeleceram travaram, a ética dessas diferencia-se pelo fato de não poder ser obrigatório o seu cumprimento. Às leis podem escapar assuntos contemplados pela ética ou não.
De onde podemos concluir que costumes, tradições, hábitos, etc. podem ser lícitos, porém ser antiéticos para sociedade que os estabeleceu. Assim como procedimentos éticos podem não estar respaldados pelas leis dessa mesma sociedade.
Pode-se estudar de inúmeras formas a ética do ponto de vista filosófico. O que não é plauzível dizer é que alguém não possui ética.
Ou seja, cada qual possui a sua ética, mesmo que seja um ética boa ou que seja uma ruim; Mas todos possuem ética.
Quem tem juízo tem ética.
Parecida com as leis, posto que muitas dessas foram originadas nas discussões sobre a ética que os grupos sociais que as estabeleceram travaram, a ética dessas diferencia-se pelo fato de não poder ser obrigatório o seu cumprimento. Às leis podem escapar assuntos contemplados pela ética ou não.
De onde podemos concluir que costumes, tradições, hábitos, etc. podem ser lícitos, porém ser antiéticos para sociedade que os estabeleceu. Assim como procedimentos éticos podem não estar respaldados pelas leis dessa mesma sociedade.
Pode-se estudar de inúmeras formas a ética do ponto de vista filosófico. O que não é plauzível dizer é que alguém não possui ética.
Ou seja, cada qual possui a sua ética, mesmo que seja um ética boa ou que seja uma ruim; Mas todos possuem ética.
Quem tem juízo tem ética.
sexta-feira, outubro 10, 2014
A vida caminha contra a causalidade. Nada mais.
A realidade é esquisita. A ela pertencem dois reinos: o do acaso e o da causalidade.
O acaso: Algo acontece sem que exista evento anterior que o cause.
Como pode alguma coisa acontecer com ausência de causa?
Esse é o acaso.
Atualmente diz-se isso do decaimento radioativo, emissão de um fóton por elétron energizado e outros fenômenos estudados pela mecânica quântica.
Em nenhum momento podemos prever quando e de que maneira poderão ocorrer.
Qualquer evento o qual, se repetidas as condições iniciais, produz sempre efeitos diferentes e imprevisíveis é considerado um acaso perfeito.
A Causalidade: "Se não A então não B".
Um evento somente ocorre se um evento anterior tenha sido causador.
A cadeira de madeira tem como causa o carpinteiro. A luz do sol tem como causa o Sol.
Deterministas buscam na lógica o entendimento de tudo que acontece. A compreensão do relacionamento entre eventos do passado, no presente e do futuro, determina o que se chama de inteligência.
Então o Acaso e Causalidade andam de mãos dadas atualmente. Mãos emaranhadas por assim dizer.
O acaso: Algo acontece sem que exista evento anterior que o cause.
Como pode alguma coisa acontecer com ausência de causa?
Esse é o acaso.
Atualmente diz-se isso do decaimento radioativo, emissão de um fóton por elétron energizado e outros fenômenos estudados pela mecânica quântica.
Em nenhum momento podemos prever quando e de que maneira poderão ocorrer.
Qualquer evento o qual, se repetidas as condições iniciais, produz sempre efeitos diferentes e imprevisíveis é considerado um acaso perfeito.
A Causalidade: "Se não A então não B".
Um evento somente ocorre se um evento anterior tenha sido causador.
A cadeira de madeira tem como causa o carpinteiro. A luz do sol tem como causa o Sol.
Deterministas buscam na lógica o entendimento de tudo que acontece. A compreensão do relacionamento entre eventos do passado, no presente e do futuro, determina o que se chama de inteligência.
Então o Acaso e Causalidade andam de mãos dadas atualmente. Mãos emaranhadas por assim dizer.
terça-feira, outubro 07, 2014
Partidas Dobradas
Luca Pacioli, monge e matemático italiano(século XV), pai da contabilidade moderna, quem sabe, inspirou (três séculos mais tarde) Antoine Lavoisier ao qual se credita a frase poética: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Aqueles que estudaram um pouco a contabilidade conhecem bem o método das duplas entradas, mais conhecida como Partidas Dobradas. Esse método diz que em toda transação que uma empresa faz ela apenas está modificando seu patrimônio. Ou seja, se algo vai, um outro algo vem em compensação.
Exemplifico: Uma empresa ao adquirir um bem à vista(ferramenta, por exemplo) usa dinheiro do seu caixa escrevendo essa saída de espécie em uma conta(caixa) e a entrada do valor daquele bem(ferramenta) numa outra conta (bem imobilizado). Então fica assim: conta caixa sai $10,00(lança-se um débito) e em contrapartida entra na conta do imobilizado $10,00 (lança-se um crédito). Os débitos e créditos em suma se anulam.
Ora, na natureza também é assim. Não podemos criar água, se não modificar a organização das coisas, como nesse caso moléculas de oxigênio e hidrogênio, unindo-as formando moléculas de água. Dessa forma também intuiu Einstein com sua E=mc² (Energia é igual ao produto da velocidade da luz ao quadrado pela massa). Essa equação resumindo nos diz que a matéria pode transformar-se em energia e vice-versa. Não há perda. A mecânica quântica não nos diz algo diferente. Ou seja, tudo o que existe se conserva.
Isso mesmo "contabilmente" falando o universo é, em suma, o que sempre foi. Apenas moveu-se, modificou-se.
Agora me diga, não parece partidas dobradas a seguinte frase:
"A soma das massas dos reagentes é igual a soma das massas dos produtos"?
É aquela mesma frase anterior não tão poética assim.
Aqueles que estudaram um pouco a contabilidade conhecem bem o método das duplas entradas, mais conhecida como Partidas Dobradas. Esse método diz que em toda transação que uma empresa faz ela apenas está modificando seu patrimônio. Ou seja, se algo vai, um outro algo vem em compensação.
Exemplifico: Uma empresa ao adquirir um bem à vista(ferramenta, por exemplo) usa dinheiro do seu caixa escrevendo essa saída de espécie em uma conta(caixa) e a entrada do valor daquele bem(ferramenta) numa outra conta (bem imobilizado). Então fica assim: conta caixa sai $10,00(lança-se um débito) e em contrapartida entra na conta do imobilizado $10,00 (lança-se um crédito). Os débitos e créditos em suma se anulam.
Ora, na natureza também é assim. Não podemos criar água, se não modificar a organização das coisas, como nesse caso moléculas de oxigênio e hidrogênio, unindo-as formando moléculas de água. Dessa forma também intuiu Einstein com sua E=mc² (Energia é igual ao produto da velocidade da luz ao quadrado pela massa). Essa equação resumindo nos diz que a matéria pode transformar-se em energia e vice-versa. Não há perda. A mecânica quântica não nos diz algo diferente. Ou seja, tudo o que existe se conserva.
Isso mesmo "contabilmente" falando o universo é, em suma, o que sempre foi. Apenas moveu-se, modificou-se.
Agora me diga, não parece partidas dobradas a seguinte frase:
"A soma das massas dos reagentes é igual a soma das massas dos produtos"?
É aquela mesma frase anterior não tão poética assim.
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