Luca Pacioli, monge e matemático italiano(século XV), pai da contabilidade moderna, quem sabe, inspirou (três séculos mais tarde) Antoine Lavoisier ao qual se credita a frase poética: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Aqueles que estudaram um pouco a contabilidade conhecem bem o método das duplas entradas, mais conhecida como Partidas Dobradas. Esse método diz que em toda transação que uma empresa faz ela apenas está modificando seu patrimônio. Ou seja, se algo vai, um outro algo vem em compensação.
Exemplifico: Uma empresa ao adquirir um bem à vista(ferramenta, por exemplo) usa dinheiro do seu caixa escrevendo essa saída de espécie em uma conta(caixa) e a entrada do valor daquele bem(ferramenta) numa outra conta (bem imobilizado). Então fica assim: conta caixa sai $10,00(lança-se um débito) e em contrapartida entra na conta do imobilizado $10,00 (lança-se um crédito). Os débitos e créditos em suma se anulam.
Ora, na natureza também é assim. Não podemos criar água, se não modificar a organização das coisas, como nesse caso moléculas de oxigênio e hidrogênio, unindo-as formando moléculas de água. Dessa forma também intuiu Einstein com sua E=mc² (Energia é igual ao produto da velocidade da luz ao quadrado pela massa). Essa equação resumindo nos diz que a matéria pode transformar-se em energia e vice-versa. Não há perda. A mecânica quântica não nos diz algo diferente. Ou seja, tudo o que existe se conserva.
Isso mesmo "contabilmente" falando o universo é, em suma, o que sempre foi. Apenas moveu-se, modificou-se.
Agora me diga, não parece partidas dobradas a seguinte frase:
"A soma das massas dos reagentes é igual a soma das massas dos produtos"?
É aquela mesma frase anterior não tão poética assim.
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