quarta-feira, abril 29, 2015

O buraco

Estranho falar sobre algo que na verdade aparenta ser a ausência de alguma  coisa que deveria preencher outra. Coisa séria na ciência. Estudada na física(mecânica quântica), quando do estudo de estruturas cristalinas para produção de semicondutores(veja: ligações e valência dos elétrons, junções NP, etc), componentes onipresentes em todos os circuitos eletrônicos e informáticos atuais(de celulares ao mais poderosos supercomputadores). 
Ainda: na mecânica clássica, Einstein também estudou e teorizou sobre os buracos. Só que estes bem maiores que os dos arranjos de partículas e cristais: Os buracos negros. Esses engolem tudo o que passa nas suas proximidades.
Que coisa interessante é o buraco!
A partir de agora não refiro-me mais ao buraco da ciência. Cito o buraco comum presente sempre em nossas vidas.
Então o buraco nada mais é aquilo que falta ser preenchido por alguma coisa, ou que outrora, se completo, dele retirou-se, vindo assim a  ser incompleto, ser buraco.
Então apenas pense:
Viemos de um buraco. Respiramos por buracos. Comemos por buracos. Ouvimos por buracos. Excretamos por buracos. Moramos em buracos. Poeticamente falando, tudo começa e termina em buracos.  Sempre caminhamos pra saciar esse buracos.
Eles nos atormentam a cada momento.
A fome é um buraco no estômago.
A sede de conhecimento é nada mais que um buraco na alma.
Procuramos preenchê-los, mas nunca conseguiremos.
Respondemos uma questão nos surge outra.
Tapamos um buraco, mas criamos um outro.
E, no fim, todos caminham para um buraco.
Em tempo:
A incompletude nada mais é que um outro nome para o buraco.


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