Tolerar é despir-se, por momentos, de nossas convicções, de certas verdades que consideramos imutáveis.
Posto que, não há, para mim, verdade imutável "palpável" pela mente humana, se não meias verdades, quando possíveis de mensurar e devendo estar sujeitas sempre a revisão por nossa razão.
John Locke, filósofo inglês, década de 80 do século XVII , "ensina" aos franceses sobre a tolerância social.
Para Locke tolerar é parar de lutar pelo que não se pode mudar.
Locke viveu uma boa parte da vida nos países baixos. Está, assim, explicado o por quê de a Holanda ter sido o berço da tolerância e exportar isso pra boa parte da Europa naquela época.
A pluralidade somente existe na presença da tolerância, já que cada um de nós somos diferentes, seja por nossas crenças, costumes, moral e entendimentos sobre a existência de tudo e todos e nossa própria condição de ser humano.
Como é bom aplaudir a tolerância dos outros conosco.
Mas, um tanto difícil praticar a nossa tolerância com outrem.
Segundo Locke, é a falta de um juiz, respeitado por todos, capaz de promulgar leis de conhecimento e respeito público, aliada à possibilidade individual de julgar e executar em causa própria, que concorre de forma decisiva para a corrupção do estado e faz da guerra um acontecimento cada vez mais frequentemente observado.
É o aprofundamento dessas intrigas que torna o estado de paz e tranquilidade em estado de guerra e de destruição.
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