quarta-feira, março 15, 2017

O dono da bola

   Nos meus tempos de criança, quem possuia uma bola poderia escolher o time que iria jogar. Normalmente escolhia os melhores jogadores. Os "pernas de paus" como eu ficavam de fora. No máximo serviam de gandula, resposǘel por pegar a bola quando essa saia das 4 linhas(quando existiam, pois normalmente jogávamos no meio da rua, quase sempre uma ladeira). A bola ia longe.
   Ser o dono da bola significava ter poder.
Quem já se divertiu jogando bola, ou outro tipo de jogo recreativo, sabe que há regras a seguir, por mais simples que essas sejam. è inadmissível mudar as regras durante a partida ou até mudá-las depois do fim da partida, com o porpósito que colher um resultado normalmente a seu favor. Nem o dono da bola ousava mudar as regras.
   Vejo semelhanças dessas situações simples com o que acontece na nossa política ultimamente. Congressistas tentando mudar a lei para fatos consumados no passado com o intuito de se livrarem das penas previstas em lei. Leis redigidas por essas mesmas intituições com a finalidade de coibir esses mesmo fatos criminosos consumados na calada da noite.
   É essa a vantagem de ser o dono da bola. Poder legislar em causa própria, mesmo que de maneira velada. Faz de conta que ninguem percebe suas reais intenções. Seja pra aumentar salário ou pra descriminalizar atos de corrupção, mudar regras do jogo durante o jogo ou depois de terminado o tmepo regulamentar é trapacear, ser maladro.

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