sábado, julho 20, 2013

Know-how e Know-why

Saber Como e Saber Porquê, termos em inglês que estão por trás do sucesso de muitas empresas e até economias de países.
Um exemplo simples: a indústria aeronáutica possui o Know-how na construção de aeronaves de diversos tamanhos que atendem as especificações exigidas pelo mercado, guardando para si alguns segredos no processo de fabricação;
Uma determinada rede de lojas de lanches possui o Know-how de como fazer e oferecer hamburgers, nem sempre tão saudáveis e de preço não tão baixo. Além disso sabe como promover esses produtos através de um marketing forte em diversos tipos de mídias, o que faz vende-los como água fresca no deserto.
Note que aí aparece um sub-produto paralelo ao que é produzido para a venda: o "saber-fazer".
O saber fazer e bem determinadas(ou todas) etapas de processos de produção, marketing e venda colocam em vantagem empresas e economias que disputam mercados cada vez mais exigentes.
Some-se a isso o fato de que quem sabe o que fez, e como fez, pode usar para seu benefício próprio e de terceiro a que esteja subordinado por lealdade, comércio ou força de lei. Principalmente em áreas estratégicas como as de defesa, economia, privacidade de cidadãos, etc.
Como?
Sim. Os escândalos sucessivos desencadeados pelas revelações de espionagens sobre diversos países , povos e governos por certas potências mundiais sobre e que até então não se tinha conhecimento, abalando o direito a confidencialidade e liberdades individuais de qualquer cidadão. (Ninguém sabia mesmo ou faziam de conta que não sabiam?)
Os países desenvolvedores  de todos os meios de comunicação, sejam equipamentos ou sistemas informáticos sabem de uma forma inimaginável como acessar informações a hora que quiserem, por que essas atravessam esses mesmos meios tecnológicos, softwares e protocolos que desenvolveram e padronizaram.

Ações indiscriminadas de espionagem expõe não somente a sociedade civil, mas até informações confidenciais militares e de estratégias econômicas. Todas as empresas que possuem conhecimentos produzidos e adquiridos ao longo de anos de experiências tendem a estar expostas com vazamentos de informações fundamentais.

Fazer o cofre, dá ao fabricante o poder de saber abri-lo com facilidade, sem precisar do segredo e nem de chaves.
De forma semelhante, nas telecomunicações atuais, desenhar os equipamentos e softwares responsáveis pela criptografia(o empacotar e desempacotar de forma sigilosa as informações entre remetente e destinatário, por exemplo), dão a esses a possibilidade de acessar mais facilmente os conteúdos e os assuntos de interesses daqueles a quem interessa a espionagem.

Em outras palavras, e volto a me repetir no que tenho dito sempre: um dos requisitos primordiais para que uma nação seja mais livre é o alcance absoluto dos conhecimentos necessários, principalmente pelo investimento na educação adequada, não somente de dinheiro, mas também de vontade de mudança de estratégias: Saberes locais leva a Tecnologia local.

Nisso nunca fomos tão dependentes como hoje: tecnologia. Temos os robôs nas linhas de produção. mas sabemos como projetá-los? Podemos comprar voos em foguetes para enviar satélites ao espaço. mas ainda não possuímos o Know-how de como faze-los voar sem explodir.
É um longo caminho a ser seguido. A recompensa será a maior independência da indústria nacional.

Lembrei agora de uma cena (dizem que aconteceu de verdade) de um filme na qual acontece uma batalha onde indígenas(peles vermelhas) haviam capturado soldados (homens brancos). O chefe da tribo exigiu um preço a ser pago pelo comandante dos soldados: um canhão que era temido(e admirado) pelo peles vermelhas e que no seu pensar equilibraria a luta com os soldados se viesse a fazer parte de seu próprio arsenal. Prontamente o comandante das forças militares pagou o preço do resgate: entregaram o tal canhão ao indígenas. Um detalhe surpreendente posterior à libertação dos reféns. Eles se deram conta que não sabiam manusea-lo e nem tinham as munições(projéteis) para armar o canhão. Ou seja, essa grande e poderosa arma perdera o seu efeito e não tinha mais serventia alguma. Sem oferecer perigo algum às tropas oficiais do governo.

Continua...

  
  







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