sexta-feira, setembro 23, 2016

Voltando à caverna

A maioria das pessoas já ouviu falar sobre o "mito da caverna" de Platão, pensador que viveu séculos antes de Cristo. A tal alegoria(metáfora) nos fala sobre os dois sentidos mais importantes do ser humano: a razão e a emoção.
Nessa estória um indivíduo descobre outras verdades diferentes da sua ao ver sombras que provem de fora da caverna onde ele está,  projetadas nas paredes do interior da caverna. E em um dado momento consegue sair da caverna e explorar o seu exterior. Percebendo então que imaginava o que fossem as sombras projetadas mas se dá conta de que são coisas completamente diferentes do imaginado. Uma vez que saiu da caverna, dificilmente alguém quer voltar para o interior, se não para buscar mais gente para sair dela.
Assim é o conhecimento: quando adquirimos, por mais ridicularizados que sejamos, por quem não o tem ainda, dificilmente quereremos abandoná-lo.

Porém, vejo que em pleno século XXI, vemos pessoas que fazem questão de manter na caverna pessoas, assim perpetuando-as sob o seu domínio,  já que esses não conhecem a verdade. Ao ignorante é fácil de escravizar, manipular, controlar de todas as formas, sem que nem mesmo esse perceba o que se passa consigo.
No momento que um governo quer ditar na base da caneta leis do que deseja para educação, escolhendo por si mesmo o que é melhor para os cidadãos aprender sem discussão nenhuma, equivale a forçar que os indivíduos voltem ao interior da caverna. É bom pensar bem sobre isso. Esse tipo governo não pode ser chamado de democracia. A democracia da ponta do lápis me causa arrepios. Me faz lembrar da democracia da ponta das baionetas.

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