terça-feira, novembro 01, 2005

Amo, logo existo!

Desde que o mundo é mundo, os mais fortes dominam os mais fracos.
Me pergunto o que faz uns serem mais fortes que outros?
Noutras palavras, o que faz uns dominarem os outros?

Por toda a história houveram seres humanos que pareciam estar à frente do seu tempo.
É fácil imaginar que pouco antes do princípio da civilização os homens viviam à mercê do caos, ou seja, onde habitassem poderia ou não haver alimentos facilmente coletáveis, condições metereológicas favoráveis, animais que não oferecessem perigo à sua sobrevivência e abrigos do relento, entre outras condições de sobrevida importantes.
Podemos dizer que eles estavam entregues à suas próprias sortes. Em algum momento eis que alguém tem uma idéia que muda a sorte a seu favor. Por exemplo, a criação de algum tipo de lança de madeira, ou outro material qualquer, para poder lutar com animais com o objetivo de proteger-se desses. O indivíduo ou grupo de indivíduos que aprendessem esse artifício logicamente que ganhariam destaque sobre os demais. Esses tornar-se-iam mais importantes, por consequência. Mas aí estou imaginando um ser humano que não seria violento e que apenas estaria mais preocupado com a sua sobrevivência e a de seus descendentes. O que parece não ser toda a verdade.
Num ambiente onde as fontes de alimento tornassem-se excassas, vejo esses seres disputando entre si o que resta de suprimento. Também, quando o macho buscava a fêmea para o sexo, deve ter enfrentado a concorrencia de outros e, para se dar bem, deve ter tido a ajuda da sorte. Ter um corpo mais bem dotado, musculoso, fisicamente mais forte, portanto, conferiria, a esse, vantagem sobre os demais. Com força, sobrepujava os concorrentes por aquela fêmea que era mais atraente e estava mais próxima desse.
Então, vejo aí, pelo menos, dois "ingredientes" importantes na aquisição do poder, do destaque, da importância: a força e criatividade. Fatores genéticos, de ambiente, modo diferenciado de vida, faixa etária, etc, podem ser considerados como principais para moldar essa sorte de ser forte e criativo. Nada é igual a nada . Portanto, esses seres diferenciavam-se entre si. Tinham vidas semelhantes, porém diferenciadas e cada qual passava por experiências distintas, confereindo-lhe graus diferentes de facilidade na execução de certas tarefas.
Começa aí a acumulação de conhecimento que, logicamente, deve ter passado para as próximas gerações pela observação, prática e aperfeiçoamento.
Tenho dificuldade de imaginar em que momento formou-se um laço de afetividade entre os entes de maior parentesco, como pai, mãe e filhos. Mas deve ter sido quando da percepção de que viverem próximos ou juntos os faziam mais fortes contra as adversidades, o que implica no início da aversão à solidão.
O primeiro querer bem provavelmente foi entre o homem e sua predileta.
Ele deve a ter escolido por algum motivo. Algo ou algumas características dela deve ter chamado a sua atenção. Mas, então tudo começou na escolha dela. Uma escolha!(razão?): livre-arbítrio.


Penso, logo existo ? ou Amo, logo existo?
Me pergunto se nesse ser já havia sentimento ou era apenas razão
-Nesse momento o tópico ficou longo e, por falta de tempo devo parar por aqui. Gostaria de voltar ao assunto em breve.

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