sexta-feira, outubro 28, 2005

Ser ou Estar?

Eitha, como será que está meu humor hoje?
Vou escrever um pouco pra ver se espanto os males. Quem canta... não! quem escreve também seu males espanta. Ou pelo menos eles vão para o papel. Corrigindo: ...vão pra o ciber-espaço...

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Diferente do que dizia o poeta, "ser ou não ser", penso, essa não é a questão.
Há escritores(Heinlein, por exemplo) que simplesmente banem o verbo ser de suas falas rápidas. Dizem que o verbo ser é o causador da maioria dos pensamentos obscuros de hoje em dia. Se tudo é transitório, por que cargas d´água insitem em usar o verbo ser?
Nada nunca foi e nem será assim como está agora.
Tudo é incerto e isso dá medo.
Como ouvi num filme: "...nem tudo é preto no branco".
As piramides estão ruindo;
As obras de arte estão se deteriorando, não importa quantas restaurações se façam. Quantas gerações mais as contemplarão?
Até nossa personalidade modifica-se irreversivelmente. Fatos acontecem e mexem consoco. E não importa a idade.
Freud preocupava-se demais com fatos relacionados ao sexo. Uma guerra, por exemplo mexe muito mais com o ser do que o sexo. Um amor também.
Algo sememlhante ao vidro estilhaçando-se quando muda de temperatura bruscamente, assim estilhaça-se o nosso ser, com mudanças bruscas em tudo que nos cerca e, principalmente, com o que nos atinge.
Mas o que nos rodeia também transforma-se lentamente e isso nos faz mudar imperceptivelmente. Nosso próprio corpo (o que mais proximo de nós está do que o corpo, veículo que nos leva pra qualquer lado e nos dá impressão de liberdade?) muda.
Então, a infância, os pais, os amigos, o clima, os amores, o sexo, os sonhos(noturnos), os sonhos(objetivos almejados), etc, contribuem pra construir o que somos nós, a cada instante, como um grande duna de areia. Mas não tarda e vem uma grande enchente e nos transporta ao estado original de pó.
Portanto, vamos estando...

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