Fidelidade
Apesar de aparecerem como sinônimos em dicionário, penso que a fidelidade e a lealdade para mim têm significados diferentes.
Fidelidade está mais próxima de dedicação constante e exclusiva para alguém. Nesse caso, é um ato positivo, quando vem como uma reação para um sentimento semelhante, uma resposta natural involutária, tornando-se assim ação mútua.
Por outro lado, quando a fidelidade é perseguida como uma dívida a pagar, cobrada por uma ou ambas as partes envolvidas, pode tornar-se um sacrifício. Oprimir o outro exigindo desse a perfeição, quando sabemos que nós não somos perfeitos, é incoerente.
Comumente, homens e mulheres cobram-se um do outro fidelidade, mas esquecem que a fidelidade é como o alcóol derramado sobre a mesa. Tende a evaporar com o tempo. Mais rápido quanto mais calor. Há quem diga que a fidelidade é utópica. Estou por acreditar nisso. Exprimo minha opinião.
Quem, mortal, dedica-se exclusivamente ao outro, amado ou não, com completo despredimento de si mesmo? Isso o levaria a uma auto-flagelação ou um negação do seu eu.
Pode alguém amar duas pessoas simultaneamente?
Palavras de dezenas de séculos atrás já nos diziam que é difícil ter dois patrões. Dedica-se melhor a um patrão, desprezando ao outro ou vice-e-versa.
Dedicar-se com a razão a um e ao outro com paixão?
Lealdade
Já à lealdade defino, simplesmente, como sinceridade. Pode-se ser sincero sobre infidelidade. O leal expõe sua realidade. Não esconde-se em vestes que, de outro modo, o camuflariam. Não engana a si mesmo, conseqüentemente não aos outros.
Assim, pior que a infidelidade é a deslealdade. É o parecer-se cordeiro, sendo lobo.
Sinceridade interior
Há quem crie mentiras e termina por dar crédito às mesmas.
Podemos viver sem buscar a verdade?
Usar da sinceridade para trilhar no caminho que leva ao que é real, tão sonhado pelos platônicos.
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