domingo, novembro 26, 2017

Oráculo e a Inteligência Artificial

As consideradas mentes mais brilhantes da atualidade advertem para o perigo da IA(Inteligência Artificial).

“Eu temo que a IA pode substituir seres humanos de uma vez. Se pessoas desenvolvem vírus de computador hoje, alguém vai desenvolver uma IA que melhora e replica a si mesma. Essa será uma nova forma de vida, mais avançada do que a humanidade” - Stephen Hawking

“A IA é um risco fundamental para a existência da civilização humana de um jeito que acidentes de carros, tragédias aéreas, drogas ou comidas estragadas nunca foram” - Elon Musk

   Estudo recentes a respeito do desenvolvimento da IA preveem que, em algum momento entre os anos de 2028 e o 2150, a capacidade de inteligência da IA ultrapassará a de nós humanos. Mas, bem antes disso, a IA já será substituta em muitos trabalhos que humanos fazem hoje. Não falo de robôs mecânicos, que hoje já estão bem incluídos no dia a dia de grandes indústrias, mas de trabalho intelectual, tendo como consequência o desemprego em massa.

   Acredito que o perigo principal que vislumbro é na tomada de decisões às cegas auxiliadas apenas por conselhos de uma IA que utiliza-se de incontáveis varáveis matemáticas e "ditará" aos políticos e tambéma quem tem poder de decisão, sobre se uma guerra, por exemplo, deverá ser travada ou não, e como deverá se seguir e ser essa guerra. Os números não tem piedade.
   Eu posso dizer com convicção: a IA poderá ter informação quase infinita; mas informação não é conhecimento. Muito menos razão.
   Não acredito numa IA que poderá filosofar no sentido humano. Nem mesmo que possua o sentido de gostar ou desgostar de alguma coisa, nem amar.
   Toda IA é um monte de estatisticas fornecidas por incontáveis bancos de dados disponíveis para ser relacionados e processados. A IA é matemática. É amostra Probabilística e estatística. Medida das incertezas.
   Mesmo se for assim como penso, é temerário tomar decisões somente colhendo números. Por trás de números existem pessoas e suas famílias. Nem sempre a decião mais lógica deve ser aplicada na prática. Posto que, se assim o fosse já teríamos nos exterminado uns aos outros. É bem verdade que estamos destruindo o único planeta que pode suportar a vida e a nossa vida. Também é verdade que temos tomado decisões erradas.
    Para fazer a melhor escolha é que deve existir a boa política. Na política, pode-se materializar o sentimento humano da paixão e da compaixão.
   Sim o humano erra. Mas, quando quer, também acerta. 
    Inteligência artificial é matemática na prática, mas a vida é sentimento.
    Sim, antes que pergunte, a IA poderá torna-se o novo Oráculo de Delphos.

sexta-feira, outubro 27, 2017

Imprevisível

    A vida continuará sendo sempre imprevisível. Não importa o quanto temos de informações sobre o que aconteceu no passado e também no presente, continuaremos nos surpreendendo com o momento, o futuro que vira presente bem à nossa frente.
    

terça-feira, setembro 26, 2017

Revolução

   Ao ouvirmos a palavra revolução logo nos vem em mente a França e sua mais famosa insurreição(1789). Foram dez anos que mudaram para sempre o mundo conhecido daquela época. Até então, a nobreza era tida como dom de Deus. O absolutismo, o qual governou muitas nações durante séculos, dava ar de desgaste e cansaço. Em parte pela incompetência e gigantescos excessos dos nobres governantes, e em parte pelas atrocidades e injustiças cometidas em nome da fé e nas cobranças excessivas de impostos.
   John Locke, Voltaire e Rousseau, entre outros, inspiraram correntes políticas(iluministas) as quais insurgiram-se contra a monarquia. Pena que naquela época, sem perceberem, trocaram uma "ditadura" por outra. Me refiro a esse período revolucionário, posto que até hoje vivemos às sombras dos ideais daquela época,  houveram progressos. É certo.
   O termo revolução, na astronomia, significa a volta que um corpo celeste completa em sua órbita, a partir de um dada posição apontada como inicial. Ou seja, ele passa periodicamente pelo mesmo ponto; Faz sua revolução.
   Na sociedade em que vivemos, a história nos mostra que periodicamente acontece uma revolução. Aliás, várias, se olharmos em diversos aspectos da vida em sociedade. Sejam: revolução tecnológica, de hábitos, de políticas, filosofias, etc. Quando algo não está do agrado, partes da sociedade acham-se descontentes e isso os  levam a querer mudança. Efetiva-no se obtiverem o poder suficiente para tal. É costumeiro das novas gerações. Uma geração nunca está contente vivendo sob a política, costumes e cultura, entre outros aspectos de convivência da geração anterior. Procura-se até mesmo o avesso da outra. POde-se até perceber que passam pelo mesmo ponto em que outras gerações já passaram. Bem ou mal, já tivemos oportunidade de aprender. Mas teimamos em querer repetir. Repetem mentiras até que essas tenham cara de verdade. Porém, continuam mentiras.
   Quão sólida poderá ser uma sociedade que não acredita mais em suas instituições, nem dá crédito ao que fala os que a representa?
   A mentira tem pernas curtas, mas um corpo tão grande quanto a sua idade..
   Aqueles que são corrompidos e se deixam corromper, antes do dinheiro, roubam a confiança do povo.
   Penso que quando a lei máxima começa a receber remendos, um atrás do outro, é sinal que está em tempo de se postular uma nova, completa. Remendos não nos representa e nem aos objetivos iniciais do momento em que foi feita.
   Ponto pacífico: a revolução acontece quando o povo(maioria ou minorias) está insatisfeito com o "para onde estão nos levando?", ao mesmo tempo em que exista uma disputa grande pelo poder. 
  A propósito: exatos cem anos após a França, o Brasil decretava a sua revolução particular, com a abolição da escravatura, um ano antes, e a proclamação da república. Há quem diga que foi um golpe ao status quo vigente(império) arquitetado pelos positivistas(1889).
  
 

terça-feira, agosto 29, 2017

$$$ O dinheiro emana do povo $$$

Assim diz o parágrafo único do 1° artigo da constituição federal ora em vigência na REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
   O legislador constituinte deveria ter acrescentado somente como instrumento de lembrança para os funcionários públicos sejam esses eleitos ou não, concursados ou não, que "todo o dinheiro(receitas em forma de impostos, tributos, etc) emana do povo e para esse deve ser revertido em serviços para o bem estar da população" . Exemplos de serviços conquistados(não pense que são favores) como direitos: saúde, educação e segurança interna e externa, etc.
   Abaixo vai a letra da canção que Djavan gravou. Imposto:
IPVA, IPTU
CPMF forever
É tanto imposto
Que eu já nem sei!...
ISS, ICMS
PIS e COFINS, pra nada...
Integração Social, aonde?
Só se for no carnaval
Eles nem tchum
Mas tu paga tudo
São eles os senhores da vez
Tu é comum, eles têm fundo
Pra acumular, com o respaldo da lei
Essa gente não quer nada
É praga sem precedente
Gente que só sabe fazer
Por si, por si
Tudo até parece claro
À luz do dia
Mas claro que é escuso
Não pense que é só isso
Ainda tem a farra do I.R.
Dinheiro demais!
Imposto a mais, desvio a mais
E o benefício é um horror
Estradas, hospitais, escolas
Tsunami a céu aberto,
Não está certo.
Pra quem vai tanto dinheiro?
Vai pro homem que recolhe
O imposto
Pois o homem que recolhe
O imposto
É o impostor

   Eles, nossos ilustres representantes, vestidos de terno e gravata, não apenas põe a mão no erário, mas vendem as suas próprias consciências. Consciência não deveria ter preço. Vendidos, acreditam em suas próprias mentiras que, contadas mil e uma vezes, fê-las passar por verdade. Até acreditamos!

domingo, julho 23, 2017

O País está em coma. Sendo assim, acordará?

    Há 4 anos atrás, mais precisamente em 12 de julho de 2013 eu postei minha impressão do que achava das caminhadas/protestos que fazia-se em várias capitais naqueles tempos. Comparei às caminhadas dos mortos-vivos da série The Walking Dead. Até então nem sonhávamos que iríamos chegar ao ponto que chegamos: uma presidente destituída do cargo por impedimento e um presidente acusado de corrupção. Havia um ou vários fios soltos. Apontavam para corrupção institucionalizada em algumas áreas do governo. Hoje podemos dizer que nenhum de nós é inocente, no sentido de não saber a realidade política do país. Sabemos o que move essa máquina infernal da política. Algumas pessoas inocentes achavam que os políticos se elegiam pensando nos altos salários que são pagos em Brasília. Outros mais esclarecidos intuiam o que passava-se pelos bastidores políticos. Nem só de salário vive o homem deputado, senador, etc. Propinodutos abastecem a maior parte, ou por que não dizer, toda a classe política, seja essa a dominante ou não.


    Penso até que muitos chegam aos seus cargos eletivos acreditando e planejando fazer algo de bom para a população que os prestigiou nas urnas; entretanto,  a ganância de todos sufocam suas outrora aspirações de luta pelo bem comum. Encontram uma máquina preparada para corrupção, controlada pelos que tem mais poder econômico e sabem exatamente o que querem da política e dos políticos. Parece até que os nossos destinos estão traçados desde a maternidade.
    Hoje, sabe-se um pouco de muita coisa que foi realizada, articulada e conspirada às espreitas. Me pergunto então: por que não há ninguém na rua protestando contra esses absurdos cometidos que vieram à tona. Nunca vi um governo tão desacreditado e rejeitado. Por outro lado, nunca vi um governo que tenha mais apoio de seus colegas principalmente no congresso. Tudo que o governo quer é aprovado. Até sua "inocência". Para o bem ou mal. Podem fazer  o país "de bolinha", inclusive mudar as leis, legislando em causa própria.
    Ninguém reclama de fato.
   O porquê disso: o país não dorme em berço esplêndido; O gigante está é em coma e com infecção grave.
   Em coma não sente nada. Não reclama nada, Não faz nada.
   Quem está em coma tem dois destinos: Ou desperta ou morre e alguma coisa toma o seu lugar .

    Espero que acordemos a tempo, posto que esse coma que temos vivido não é bom para nação nenhuma.
  

segunda-feira, junho 26, 2017

O Carrasco e a vítima

   A consciência é diretamente dependente da memória. As memórias nada mais são que presentes que passaram e nos deixaram marcas.
    O que acontece no presente são as escolhas. Movimentos no xadrez da vida. Especialistas nesse jogo sabem que a disposição anterior das peças é tão importante quanto a atual e as possíveis disposições em jogadas futuras. A teimosia é uma falta ou uma desobediência da memória. É refazer as mesmas ações várias vezes e desejar que o produto resultante seja diferente.  No xadrez podemos recomeçar o jogo sempre do mesmo ponto inicial. Na vida não. Cada momento é a continuação do que aconteceu, seja isso próximo ou distante. Sem a memória, nossas decisões não seriam escolhas conscientes, mas apostas, ações tomadas aleatoriamente. A memória é o passado que insiste em não ir embora. Ele não nos abandona. Isso, para o bem ou o para  mal.
   Por isso, hoje somos as vítimas do carrasco que fomos no passado.
   Sair da caverna é descobrir que estamos em uma caverna maior. Por vezes quereremos voltar a caverna primordial onde a inocência parecia nos proteger. Muitas vezes é desejável não ser consciente do que nos acontece. O inocente parece ser mais feliz. Saber certas verdades poderá nos trazer desesperança, sentido de incapacidade para mudar o presente, impossibilidade de ter um futuro melhor. Visualizar um futuro desfavorável produz tristeza. 
   Muitos, melhor fazem, como os epicuristas que na sua filosofia dizem que a busca de prazeres moderados nos leva ao sossego necessário para uma vida feliz e aprazível. Liberdade, amigos  e tempo para pensar: tudo que é necessário para ser feliz. Epícuro(Atenas, 4 séculos Antes de Cristo) dizia que não é comprando bens materiais que se alcança a felicidade, nem mudamos de caverna.

terça-feira, maio 09, 2017

O Salvador da Pátria

   Esse título nos lembra uma telenovela dos anos oitenta que conta a estória de um matuto bem popular que é manipulado por pessoas poderosas e é eleito. No poder, esse rebela-se contra os que o conduziram e que queriam continuar comandando, ganhando independência de escolha e posição política.
   Corre nos bastidores da política brasileira a ideia de que faz-se necessário um salvador da pátria para acudir a política partidária. Alguém no cargo estratégico para que possam ver espelhadas as mesmas ideias que sustentam o país desde  a constituição de 1989.
   Os partidos políticos brasileiros como vemos hoje são em seu cerne propriedades de seus fundadores.  Há o partido de A e B, o partido de C e D, etc. Não é à toa que há partido à venda. E há, consequentemente, quem esteja disposto a comprar.
  Como essas instituições, com funções representativas da vontade dos diversos setores da sociedade, são conduzidas de forma autocrática, as vontades quase individuais de seus dirigentes, oligarcas, é que são levadas em conta. Nada importa a vontades e vozes de suas bases.
   Nesse contexto,  a realidade atual nos faz começar a compreender por que chegamos aqui onde estamos. A vontade de poder, de mando, de perpetuação do status inerentes a esses pequenos grupos, mesmo que alavancados pelo poder do povo, ao qual manipulam conforme suas necessidades insaciáveis, acabam por assassinar a boa ética;  a ética da preocupação com nossas necessidades de forma individual e principalmente coletiva. Prevalece aqui então é ética do mal. A ética do que o que importam são os números e os resultados que esse números a eles trazem. Para eles o que importa é o agora e o "como estão"(status quo).
    A bola não pode ter dono. Ou melhor, a bola deveria pertencer a todos que queiram participar desse jogo que é a vida. Condições, liberdade e oportunidades que tem ser dadas a cada indivíduo e esse deve escolher o melhor para si e para o mundo. Para que não apenas sobrevivam,  mas que estejam vivos com dignidade e sendo felizes, sem precisar de um salvador da pátria que os leve ao engano e  por consequência ao abismo.   
   

domingo, abril 23, 2017

O perfeito e a imperfeição

   Já dizia Fernando Pessoa :"O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito"
   O perfeito é completo. Mas tudo na realidade está incompleto.
   Todos têm corrido atrás da perfeição em tudo. Me lembra o burro andando atrás da cenoura que esta pendurado por sobre sua cabeça presa a carroça. Por mais que ele ande nunca vai a alcançar.
   Ferramentas foram criadas para a cada dia atingirmos um grau maior de perfeição.
   Vejam:
  • Impressoaras! Elas pintam e desenham como nenhum pintor conseguiria com precisão tremenda em cores, linhas e tons. 
  • O sintetizadores de música eletrônica replicam os sons de instrumentos da vida real, e emitem sons até de instrumentos que não existem, com afinação e purezas impecáveis.
  • Impressoras 3D moldam(imprimem) objetos desenhados virtualmente. Coisa impensável para um artista plástico ou escultor se atrever a concorrer com a precisão digital.
  • A Inteligência Artificial(IA) começa a tomar decisões mais acertadas que nossas decisões. 
  • Robôs nas fábricas, não cansam, não fazem greves e executam tarefas repetitivas sem reclamar e com exatidão.
Somente para citar alguns exemplos de ferramentas criadas pelo homem nessa incessante busca pela perfeição.
   Mas a pergunta que não cala é: nos serve mesmo a perfeição? Somos incompletos, imperfeitos.
   Imperfeito não é sinônimo de imprestável.
   Imperfetio está mais para "feito com diferenças".
   Dois quadros nunca serão iguais mesmo pintados pelo mesmo pintor. Eles podem parecer-se iguais, mas muitos detalhes não fugirão dos nossos olhares. Talves seja essa a graça: Saber que há alguém por trás daquele trabalho, que deu o melhor de si. Que os temperou com pitadas de humanidade. Isso faz deles peças únicas. Parecidos, mas com suas imperfeições.
   Se todas as mulheres fossem perfeitas, se os homens fossem todos perfeitos, se tivéssemos os mesmo gostos, se tivéssemos as mesmas aparências como se fôssemos feitos em formas perfeitas, ah ... que chato seria! Seríamos como saídos de uma linha de montagem.

   Há uma corrente de pensamento político-social que nos quer levar a padrões de comportamentos, de ações, de pensamentos, de aparência, etc. Padronizar vinhos? padronizar cores? formas? texturas? ideias?
   Que bom que erramos tentando! Que bom que somos diferentes! Que bom que somos feios e bonitos! Produzimos algo imperfeito! Mas a próxima geração poderá melhorar e vai errar também.
   O importante é querer e agir para  acertar ou consertar.
   Padrão é o contrário da arte. A arte é a diferença. O padrão é o costume que não varia. É, também, até certo ponto, a  tradição.
   O movimento é mudança. A mudança transforma. A transformação faz a diferença! 
 Como os franceses e ingleses dizem: "Vida longa para o diferente!" (Vive la différence!)

domingo, abril 16, 2017

Todos somos Negan

   Essa semana eu tive vários sentimentos distintos ao constatar, com a revelação pública dos depoimentos dos delatores da Odebrecht, no que a política do Brasil se trasformou.
   Nada que nós não já soubéssemos,  bem lá atrás com as primeiras denúncias, com as gravações de escutas telefônicas, ou mesmo com o escândalo do Mensalão.
   Os brasileiros adolescentes de minha época (anos 80/90) já cantávamos a música dos Paralamas Do Sucesso "Luís Inácio(300 picaretas)".
   Àquelas alturas não sabíamos que Ele mesmo teria bebido da mesma água.
   Mas é como o marido, ou a esposa, traídos. Sem a materialidade (a cueca ou calçinha na mão) ou uma confissão do "mardito" ou da "mardita",  não acreddita que o inegável seja de fato verdade. Traidores Negam até a morte.
   Quando vemos uma única empresa ter tantos tentáculos nos setores público e privadoe ter tanta influência a ponto de querer comprar não somente as leis mas partidos, não dá pra se sentir em um estado digno de orgulho.
   O cidadão honesto brasileiro é a esposa traida. Me senti traído.
   Outro sentimento que tive é o mesmo que os personagens do grupo de Rick, da série estadunidense que muitos assistem, The Walking Dead.  No final da sua sexta temporada, quando, no ambiente apocalíptico que se passa a série, encotram uma comunidade que exerce o domínio sobre todas as outras comunidades ao seu redor a base de força e persuasão do seu líder. Todos os membros dessa comunidade se chamam Negan. Para todos os lados que vão: Negan. Não podem ter outtro nome se não Negan. Anulando toda sua individualidade em favor do líder Negan.
   Então, todos são Negan.
   Não importa quem elejamos para nos representar.
   Ele será um Negan.
   Como mudar isso?
   Eu sinceramente não sei. 

terça-feira, abril 11, 2017

A delação do fim do mundo.

   Enfim a "delação do fim do mundo" chegou. No dia de hoje um ministro do supremo disponibilizou a lista com os nomes de políticos, na ativa ou não, que foram delatados por executivos da Odebrecht.
  A nata da política brasileira foi denunciada. A elite que mandava, manda e desmanda os rumos da nação brasileira, decide o que fazer com o nosso dinheiro convertido em imposto, ou nossa crença em votos de esperança, transformados em poeira. Partidos vendidos. Leis compradas. Faziam o que queriam. O povo pensava que o governo era público. Nunca na história desse mundo ouvi falar sobre um governo tão privatizado. Políticos vendidos de corpo e alma ao capital privado das mais diversas empresas. Essas usufruiam de facilidades para ganhar dinheiro às custas do descaso com a coisa pública. Modificavam as leis conforme sua vontade particular. Onde sobra dinheiro para propinas, falta em hospitais populares, nas escola da criança que não tem a mesma oportunidade dos filhos daqueles que surrupiam o dinheiro do caixa público.
   Ouvi uma frase hoje:"Tudo está contaminado". Pura verdade!
Nossa constituição foi modificada sem o respaldo do povo.  A Constituição "cidadã" está esquartejada! Emendas foram compradas!

   Eu não sei se vou ver esse sistema político melhorar um dia.
  Consciente, estou, que não devo ter muitos anos para esperar por isso. Mas não custa sonhar que pelo menos as próximas gerações verão as pessoas serem tratadas por igual respeito, seus votos valerem de fato e representarem aqueles que neles creditaram uma fé de seriedade. Que todos venham a ter as mesmas oportunidades e a liberdade verdadeira de escolher seja lá o que for que queira escolher para as  suas vidas.
  Coisa certa: de hoje em diante somente engana-se com políticos quem quer realmente ser enganado ou que queira continuar enganando a si mesmo.
Querem terceirizar tudo. Querem nos impor uma lista fechada para votação.
Deveriam terceirizar o congresso. Só falta isso. Ja que eles dizem que é bom terceirizar, quem sabe assim as coisas passem a funcionar e com produtividade!
   De novo, a rainha está nua!

segunda-feira, março 20, 2017

Lista fechada

   Eu fico pensando como seria desinteressante ir ao supermercado precisando comprar café e ficar sabendo que somente poderá comprar o café se levar junto pra casa o detergente, waffer, salsicha, farofa e pra completar o exemplo leite, todos produzidos por uma única empresa X.
   Sem nem mesmo o direito de escolher pela qualidade de outros fabricantes Y ou Z, teríamos que escolher entre os fabricantes X, Y ou Z e não pelos produtos individualmete, independente do fabricante ou da qualidade daqueles produtos.
Se o café nos agradar, mas a farofa ou algo mais da lista for uma "droga de ruim" só restaria lamentar até a próxima compra.
   É bem isso que percebo que estarão fazendo ao adotar a lista fechada para eleições. Perderemos o poder de decidir, de escolher. É exatamente disso que se trata: perda de poder do eleitor.
   Além do que o dono da bola, o "dono" do partido escolherá a lista fechada. Se já ouvia-se falar na ditadura do judiciário, essa será a nova ditadura: a dos partidos e dos donos das bolas.
   Pobres de nós que acreditamos ainda em algo de bom na política. Melhoras? Penso que isso não para essa geração...

quarta-feira, março 15, 2017

O dono da bola

   Nos meus tempos de criança, quem possuia uma bola poderia escolher o time que iria jogar. Normalmente escolhia os melhores jogadores. Os "pernas de paus" como eu ficavam de fora. No máximo serviam de gandula, resposǘel por pegar a bola quando essa saia das 4 linhas(quando existiam, pois normalmente jogávamos no meio da rua, quase sempre uma ladeira). A bola ia longe.
   Ser o dono da bola significava ter poder.
Quem já se divertiu jogando bola, ou outro tipo de jogo recreativo, sabe que há regras a seguir, por mais simples que essas sejam. è inadmissível mudar as regras durante a partida ou até mudá-las depois do fim da partida, com o porpósito que colher um resultado normalmente a seu favor. Nem o dono da bola ousava mudar as regras.
   Vejo semelhanças dessas situações simples com o que acontece na nossa política ultimamente. Congressistas tentando mudar a lei para fatos consumados no passado com o intuito de se livrarem das penas previstas em lei. Leis redigidas por essas mesmas intituições com a finalidade de coibir esses mesmo fatos criminosos consumados na calada da noite.
   É essa a vantagem de ser o dono da bola. Poder legislar em causa própria, mesmo que de maneira velada. Faz de conta que ninguem percebe suas reais intenções. Seja pra aumentar salário ou pra descriminalizar atos de corrupção, mudar regras do jogo durante o jogo ou depois de terminado o tmepo regulamentar é trapacear, ser maladro.

quinta-feira, março 09, 2017

O último da fila

   Vivemos tempos de delação.
Ação não muito nobre, normalmente feita às escondidas e que revela algo que alguém não quereria que fosse tornado público, a delação premiada, em âmbito jurídico, notadamente, vem transformado-se em uma troca de favores entre o juiz e o réu.
   Já dizia um amigo meu: "sem ajuda da sociedade a maioria dos crimes não seriam solucionados, nem a maior parte dos criminosos levados a juízo".
   É com auxĩlio de pessoas comuns que reportam, muitas vezes de forma não oficial,  mesmo que anonimamente, a pressença de foragidos ou testemunham fatos ocorridos que levam a elucidação de crimes que de outro modo se tornariam verdadeiros mistérios.
   Mas voltando a delação premiada, quando um criminoso conta com maior detalhes fatos que ajudam na elucidação das rotinas de crimes perpetrados e que envolvem mais pessoas além do delator, cabe a esse um perdão proporcional à qualidade de suas revelações.
   A grosso modo, algo louvável para o poder juduciário a contribuição da delação pra desvendar os mistérios de crimes guardados a sete chaves.
Entretanto o que temos visto é uma sequência de delações que parece mais uma quadrilha junina: O sujeito A denunicia o sujeito B(A recebe um desconto na pena, quando condenado), B denuncia C(recebe alguma vantagem na pena, se condenado), C denuncia D(C recebe também vantagens), ..., e o último da fila é que poderá ter sua pena completamente aplicada conforme dita a lei.
   Desse modo, isso parece mais uma fila no ponto de ônibus, que quando lotado o coletivo, fecham-se as portas e os últimos da fila ficam para trás.


quarta-feira, fevereiro 15, 2017

Discurso de ódio

   Hate speech, no inglês, proferidos pelos chamados haters, disseminando discriminação e podendo provocar violência, já que ofende em geral, pessoas passíveis de serem oprimidos por estarem muitas vezes em minoria ou em estado de marginalização ou alguma forma de inferioridade. 
   Os haters se amparam em muitos casos nas leis que dão lhes o direito a expressão livre. Mas esse direito de expressão não pode ser  livre de limites.
   O discurso de ódio, como a própria expressão diz, dissemina ódio sem uma razão de ser, causando no alvo dos discursos consequências as vezes desastrosas.
    Esse falar, ao contrário de chamar ao debate, objetiva mesmo é calar a vítima desse ódio proferido. Os que, em alta voz, difundem o discurso de ódio, chamados as vezes de politicamente incorretos, o utilizam para cercear direitos daqueles que são seus meros objetos de ódio.
   Uma das mais conhecidas modalidades de discurso de ódio é o bullying. Outros exemplos de discurso político de ódio que não podemos esquecer são o nazismo e o fascismo que oprimiram populações e etnias inteiras no século passado.
   

sexta-feira, janeiro 13, 2017

Sinceridade

Citação atribuída a Oscar Wilde:
"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal"

Ouço pessoas influentes falarem sobre ser essa época em que vivemos  o momento do pós-verdade(“post-truth”).
De fato, tem aparecido tantas mentiras e tantas verdades, todas misturadas, sobre os mais diversos tópicos.
Ditas por indivíduos ou até por pessoas que representam entidades até então respeitáveis, uma mentira não se torna verdade, mas pode ser motivo de forte influência para decisões importantes para a vida em sociedade.

A imprensa, seja falada, escrita ou televisada, desde sua invenção, foi e tem sido um veículo divulgador de acontecimentos; porém, antes disso, costumeiramente foi responsável por checar a veracidade das narrativas que trará em seus comunicados.
A imprensa sofre com a concorrência de diversas mídias diferentes e ecoam verdades que as vezes somente existem na cabeça de quem as idealiza, marjoritariamente com interesses bem objetivos nos ecos que conseguirá.
É a imprensa responsável por manter a sobriedade e resgatar a verdade dos fatos e não aceitar a tentação da influência de uma mão ou de outra por interesses subjetivos e excusos.

O veículo divulgador que pautar-se pela fala da verdade ganhará quanto mais preciso, mais credibilidade. E credibilidade não tem preço. 

As aparências nunca enganaram tanto e tantas pessoas ao mesmo tempo.

 Não pode existir um pós-verdade a não ser no boca a boca de pessoas mal informadas ou que desejem ser ser iludidas.

O ponto crucial de toda a comunicação humana tem que ser o fato, a sinceridade.
É assim que ganhamos confiança um dos outros. É assim que aprendemos a nos respeitar como pares.

Então, a verdade não pode perder importância, face ao sensacionalismo e à meia verdade.
Os nossos delírios, por mais românticos que sejam, não podem substituir os fatos narrados com a acuracidade que lhes é pertinente.

A verdade é como ar que respiramos.
Precisamos que volte o respeito à verdade nas mídias. Precisamos respirar fatos reais.